História

As origens do estado saudita remontam ao século XVIII, quando a península arábica se encontrava fragmentada em pequenos reinos e emirados dominados pelos otomanos. No final do século surgiu o movimento reformador wahabita, cujos partidários defendiam a ortodoxia religiosa e a união política da Arábia. Os wahabitas, liderados por Mohamed ibn Saud, conquistaram o poder em Najd e logo em Hedjaz e Hasa. A expansão foi detida em 1814 por ação militar do vice-rei do Egito, que agia em nome do sultão otomano.
No século XX, um descendente de Saud, Abd al-Aziz ibn Saud, reconquistou os antigos domínios de Najd, Hasa, Meca e Hedjaz e proclamou-se rei. Estabeleceu um governo patriarcal e teocrático, organizou as tribos beduínas e modernizou o exército. Para governar a turbulenta região de Hedjaz designou seu filho, Faiçal.
Em 1923, Saud decretou a criação do Reino da Arábia Saudita, no qual se unificavam Najd e Hedjaz, além dos emirados de Asir, Hasa e Nairan. Nos dois anos seguintes foram fixadas as fronteiras com a Jordânia e o Iêmen. Com a descoberta do petróleo, Saud tornou-se, além de soberano independente, um dos homens mais ricos do mundo, pois lhe cabiam cinqüenta por cento da receita do petróleo.
Durante a segunda guerra mundial, a Arábia Saudita manteve-se neutra, embora favorável aos aliados. Saud  contribuiu para a criação da Liga Árabe e, em 1948, participou da primeira guerra árabe-israelense.
Saud morreu em 1953 e assumiu o trono seu filho, também Saud, que deu continuidade à política conservadora de seu antecessor e transferiu o poder executivo ao irmão, Faiçal, durante vários períodos. Faiçal, mais progressista, promulgou em 1958 uma constituição, que nunca foi aplicada, e aboliu a escravidão em 1962. Depois de um golpe palaciano que derrubou Saud, Faiçal foi coroado rei em 1964. No ano seguinte, entrou em conflito com o Egito, que apoiava os republicanos iemenitas, enquanto a Arábia Saudita apoiava os monarquistas, mas um acordo pôs fim às divergências.
A política de Faiçal obedeceu a três linhas gerais: a modernização do país sem abandono da ortodoxia religiosa; o fortalecimento da aliança militar com os Estados Unidos, cujo governo pretendia consolidar o controle sobre o Oriente Médio por meio de uma aliança com um país moderado; e o apoio a um movimento de união entre os países árabes.
A Arábia Saudita interveio nas guerras árabes-  israelenses de 1967 e 1973 e liderou o boicote dos   países produtores de petróleo aos estados que apoiaram Israel. Em 1975, Faiçal foi assassinado e seus sucessores, Khaled ibn Abdul Aziz e Fahd, este coroado em 1982, adotaram uma política conservadora pró-Ocidente.
Em 1990, quando o exército iraquiano invadiu o Kuwait, o governo saudita solicitou a ajuda internacional para se proteger de uma possível expansão do Iraque e cedeu seu território à coalizão de forças lideradas pelos Estados Unidos.